Mulheres participantes do projeto escolhem o cenário para as fotografias Foto: Lívia Neves/Cortesia
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“A mulher está se perdendo de si mesma. Reconheci em mim e em outras o quanto é difícil de se desprender de regras de belezas e padrões estéticos estabelecidos pela sociedade”, diz.
A partir disso, ela resolveu criar o projeto fotográfico “Sacerdotisas - a fotografia como cura à sacralidade feminina”. O objetivo é conectar as mulheres fotografadas com o próprio corpo e também com a natureza, fazendo com que descubram a própria beleza e resgatem a autoestima.
Para isso, nada de estúdio ou poses ensaiadas. Lívia leva a participante do projeto para um local aberto que a própria se identifique. “Pergunto qual o elemento da natureza que ela mais se conecta. Sempre vai ter uma que gosta mais de praia, rio ou de campo. Tive que me desprender do meu ego de fotógrafa, que quase sempre manipula e escolhe a situação para fotografar. Tudo é muito pessoal, são momentos delas, algumas até choram durante o processo”, comenta Lívia. Além do contato maior com a natureza, elas também ficam despidas e fazem pintura corporal.
A jornalista Fabiana Jansen participou da experiência. Há um mês, foi fotografada na granja da sogra, espaço de área verde, com muitas árvores e plantas. “Foi um processo bem enriquecedor, de descoberta e autoconhecimento. É ressignificar a sua relação corporal, o processo de nudez e a integração com a natureza, vendo seu corpo como moradia sagrada e local de curas”, acredita.