Vida Alves tinha 88 anos e era avó da cantora Tiê Foto: Reprodução/Cult Magazine
Morreu na noite dessa terça-feira (4) a atriz e escritora Vida Alves. Ela tinha 88 anos e foi uma das pioneiras da teledramaturgia no país, protagonizando o primeiro beijo da TV brasileira nos anos 50, e o primeiro beijo gay, nos anos 60. Internada desde o dia 28 de dezembro, a causa de sua morte foi falência múltipla de órgãos.
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Lutou pela criação oficial do Museu da Televisão Brasileira, que, por 13 anos, funcionou dentro de sua casa. Fundou, em 1995, a Associação dos Pioneiros da Televisão Brasileira, que mudou de nome para PRÓ-TV. A entidade será comandada, agora, por Thais Alves, filha de Vida.
A atriz protagonizou o primeiro beijo da TV brasileira em 1951, junto com o ator Walter Forster na novela "Sua vida me pertence", da extinta TV Tupi. Já o beijo gay aconteceu em 1963, no teleteatro "A calúnia", com a atriz Geórgia Gomide. O velório de Vida Alves será realizado nesta quarta-feira (4), no Cemitério do Araçá, em São Paulo.
Vida escreveu os livros Vida…Uma Mulher! (2002), TV Tupi: Uma Linda História de Amor (2008), Televisão Brasileira: O Primeiro Beijo e Outras Curiosidades (2014) e Todas as Marias (2015). Ela foi tema da biografia Vida Alves: Sem Medo de Viver (2013), de Nelson Natalino, e escreveu textos especiais para obra Gabus Mendes: Grandes Mestres do Rádio e Televisão (2015). De 2005 a 2015 dedicou-se a redigir mais de 5 mil biografias de profissionais da televisão brasileira de todas as épocas.