Azul Esplendor chega ao Recife para duas apresentações neste sábado (2), às 21h, e domingo (3), às 20h, no Teatro RioMar Foto: João Caldas/ divulgação
Protagonista de grandes mulheres da televisão e dos palcos brasileiros, a atriz Eva Wilma celebra 60 anos de carreira e 80 de vida em 2014 com uma turnê nacional da peça, escrita pelo peruano Eduardo Adrianzén. Longe de incorporar a soberba que mancha algumas celebridades, Eva explicou sua relação com a personagem Blanca. "Somos bem diferentes na essência, mas há falas dela que poderiam muito bem ser minhas", disse. Por telefone, pedi para Eva exemplificar essa semelhança, foi quando ela narrou o trecho que abre a matéria. "É quase real, é a pura verdade. Em 60 anos de carreira, ralei bastante e continuarei ralando, para falar numa linguagem jovem" completou.
Eva Wilma esteve no Recife há cerca de dois anos com a exposição História dos 70 anos da TV Brasileira. Antes disso, porém, ela veio para apresentar a peça O manifesto, com o ator Othon Bastos. Mais do que uma relação profissional, ela tem com o Recife laços afetivos. "Meu marido Carlos Zara [falecido em 2002] falava muito de Hermilo Borba Filho. Foi responsável pela formação dele como ator, diretor e produtor. Hermilo foi grande referência para nós", declarou a atriz.
Eva Wilma divide o palco com os atores Genézio de Barros, Guilherme Weber, Luciana Borghi, Débora Veneziani e Felipe Guerra. A direção é de Renato Borghi e Elcio Nogueira Seixas. A comédia possui uma rara combinação entre humor ácido e delicadeza.
AZUL RESPLENDOR - Blanca Estela Ramírez é uma grande dama do teatro, entre 70 e 80 anos, afastada de seu ofício há mais de 30 anos. Inesperadamente, ela recebe a visita de um fã-ator que escreveu uma peça em memória da mãe falecida. Ele decide procurar Blanca para convidá-la a retornar aos palcos como protagonista de sua obra. "A peça é um retrato das artes cênicas, do fazer teatral", contou Eva.
Por razões que só ficarão claras no final da peça, Blanca decide aceitar a proposta, desde que a peça seja dirigida por um nome de peso. É convidado, então, o maior diretor teatral da atualidade, que promete surpreender o público montando "o espetáculo da década".