Ópera do Malandro é apresentado em duas sessões, neste sábado (24), no Teatro Guararapes Foto: divulgação
Como única representante feminina da atual versão está a atriz Larissa Luz. No mais o elenco é composto por atores que contam a história do contrabandista Max, que se casa em segredo com Teresinha, filha de Duran, dono de bordéis e cabarés da Lapa dos anos 1940.
“Chico foi a figura artística que mais me influenciou. A Ópera é um mito, um desafio imenso para o diretor, ao lidar com canções eternas da música popular brasileira e com um texto que marcou época”, comentou João.
A montagem ganhou adaptação do pernambucano João FalcãoFoto: divulgação
Ainda que bastante fiel ao texto, a concepção de João para o musical é original, ao convocar homens para todas as personagens femininas da peça. Já Larissa Luz, única mulher do elenco, vive João Alegre, uma espécie de narrador e comentarista da trama.
“Colocar atores para interpretar mulheres vem ao encontro de uma tradição teatral secular e também com uma antiga pesquisa”, explica João, responsável por ‘inverter os gêneros’ em outros trabalhos, como a série Sexo Frágil (TV Globo) e em peças como Mamãe Não Pode Saber e Gonzagão – A Lenda.
PRIMEIRA VERSÃO - A estreia no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e a posterior temporada no Net Rio formam mais um capítulo deste clássico sui generis que estreou em junho de 1978 no Teatro Ginástico e seguiu com sessões lotadas por mais de um ano.
O texto da Ópera do Malandro teve direção original de Luís Antonio Martinez Correa, que conduziu meses de estudo sobre o tema e as tramas das peças. No elenco original constavam nomes como Ary Fontoura (Duran), Claudia Jimenez (Mimi Bibelô), Elba Ramalho (Lucia), Emiliano Queiroz (Geni), Maria Alice Vergueiro (Vitória), Marieta Severo (Teresinha). A direção musical ficou a cargo do maestro John Neshling, que também assinou os arranjos. A cenografia e os figurinos eram de Maurício Sette e a iluminação de Jorginho de Carvalho.
Nos últimos quinze anos o musical ganhou montagens bem-sucedidas de Gabriel Villela (em 2000) e da dupla Charles Möeller e Claudio Botelho (2003).
Assista a um trecho da montagem Ópera do Malandro: