No final de 2015, visitando uma das instituições de ensino da capital, observei que os alunos tinham um comportamento diferenciado.
Observei, por exemplo, que submetidos à elaboração de pratos da mesma vertente gastronômica, apresentaram soluções diferenciadas em termos de apresentação final e sabor das preparações culinárias.
Perguntei a alguns profissionais da área qual o perfil dos alunos que procuram as faculdades de gastronomia e reproduzo alguns depoimentos:
Segundo relato da professora de gastronomia Marcela Martins, da Faculdade dos Guararapes, é notada uma diferença entre os alunos que frequentam as aulas no período diurno e noturno.
Os alunos que frequentam as aulas de dia não chegam à faculdade com uma bagagem muito grande no universo da gastronomia, porém gostam de cozinhar e se encantam com a posição de chef.
Na maioria dos casos, os alunos da noite estão no mercado da gastronomia, desempenhando funções variadas, e buscam qualificação adequada. Visam a acensão profissional ou o empreendedorismo.
Outro fator que salta aos os olhos é a diferença entre a faixa etária dos alunos, muito heterogênia.
Uma surpresa: A professora ressalta que após o lançamento de um projeto de iniciação científica para a produção de uma obra literária, obteve como resposta a duplicação na quantidade de vagas oferecidas aos discentes.
Por fim, relata que o índice de evasão é extremamente baixo em relação aos anos anteriores.
A coordenadora do curso de gastronomia da IBGM, Maria Gabriela Oliveira, comemora o alto índice de procura pelo curso.
Prestes a concluir o terceiro semestre desde a implantação do curso na instituição, já conta com dezesseis turmas. A procura é tanta que talvez tenha que limitar o número de vagas oferecidas para ingresso de novatos no proximo semestre.
"Estamos finalizando a construção de uma nova unidade para adequar a procura à capacidade de abrigar novos alunos", diz.
Maria Gabriela Oliveira também identifica um perfil muito heterogênio em relação à faixa etária dos alunos.
Salienta que no ambiente acadêmico, a troca de experiências entre alunos de idades tão variadas acaba sendo benéfica. Diz que há uma enorme interação entre eles.
Destaca, ainda, que o perfil empreendedor é o fator preponderante entre os alunos da instituição.
O professor do curso de gastronomia da Faculdade Metropolitana, Fábio Henrique, ministra aulas para turmas do primeiro e terceiro semestres da instituição.
Relata: "Pessoas que lidam com atividades no ramo da alimentação, proprietários de restaurantes e negócios ligados à gastronomia começam a procurar o curso superior de gastronomia. Buscam qualificação e profissionalização, visando a melhoria em suas carreiras e em seus empreendimentos ".
Finaliza seu depoimento destacando que a diferença em relação à idade dos alunos é um fator marcante e acaba promovendo uma troca de informações entre os jovens e os alunos mais experientes.
Angela Nankram, coordenadora acadêmica do cusro de gastronomia da Faculdade dos Guararapes, está muito otimista com o número de vagas que teve que abrir para o atual semestre letivo.
Comenta: " Atualmente tenho que aumentar o número de pessoas que trabalham em nossas cozinhas, temos que atender o novo contingente de alunos nas aulas práticas. Este é um fato inusitado e estamos surpresos!."
Para esta edição temos uma novidade: fizemos dois web vídeos com alunos da Faculdade IBGM e da Faculdade Metropolitana.
Temos relatos importantes, de casos bem diferenciados, mostrando a realidade de três pessoas que buscam cultura e qualificação profissional. Aproveitem!
Faculdades de gastronomia de Pernambuco:
RECIFE
Faculdade Boa Viagem
Universidade Salgado de Oliveira
Universidade Federal Rural de Pernambuco
JABOATÃO DOS GUARARAPES
CARUARU