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Dia dos Animais: conheça a história de São Guinefort, o santo cachorro

Giovanna Torreão
Giovanna Torreão
Publicado em 04/10/2016 às 10:29
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Até o século 20, São Guinefort ainda era celebrado nos entorno de Lyon. / Foto: Reprodução

Até o século 20, São Guinefort ainda era celebrado nos entorno de Lyon. Foto: Reprodução

Nesta terça-feira (4), comemora-se o Dia Mundial dos Animais e, para celebrar esta data, conheça a história de São Guinefort, um cachorro venerado no século 13. O animal morava em um pequeno castelo na diocese de Lyon, cerca de 400 km ao sul de Paris, entre o final do século 12 e o começo do século 13. 

Modesto, o castelo não contavam com vigias, apenas alguns cães de guarda. Um certo dia, o casal dono da propriedade precisou ir até uma cidade vizinha, deixando o filho pequeno sozinho. Nesse exato momento, uma cobra entrou no quarto do pequeno. Para proteger a criança, o cachorro Guinefort matou a serpente com mordidas. Entretanto, o animal, a criança e o quarto ficaram sujos de sangue e os pais, quando voltaram, entenderam tudo errado. Eles acharam que a criança havia sido atacada por Guinefort e o cachorro acabou sem morto.

Foto: Reprodução

Quando o casal persebeu o engano, sentiu-se em débito com Deus por terem ignorado a intercessão milagrosa de Guinefort. Assim, o animal recebeu um enterro com todas as honras. A história então foi sendo espalhada, e aumentada, pela população da região e Guinefort caiu passou a ser adorado como um mártir cristão, recebendo dos camponeses o título de santo. A partir de então, mulheres de diversas regiões da França passaram a visitar o túmulo do cão, na esperança de alcançar bênçãos, bem como a cura dos filhos doentes.

Na época, o frei dominicano Estevão de Bourbon, que trabalhava na Inquisição medieval, considerou a adoração de Guinefort um absurdo e exigiu a exumação dos restos mortais do cachorro, ordenando que a ossada fosse queimada. No entanto, até o século 20, São Guinefort ainda era celebrado nos entorno de Lyon.

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