Estudo

2 em cada 3 crianças acessam a internet mais de uma vez ao dia

Ingrid
Ingrid
Publicado em 10/10/2016 às 15:45
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Segundo a pesquisa, nas classes econômicas mais altas é maior a proporção de crianças que acessam a internet mais de uma vez ao dia. / Foto: Internet

Segundo a pesquisa, nas classes econômicas mais altas é maior a proporção de crianças que acessam a internet mais de uma vez ao dia. Foto: Internet

A proporção de crianças que acessam a internet mais de uma vez ao dia triplicou em um ano. Pesquisa, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), mostrou que, em 2015, 66% dos jovens entre 9 e 17 anos disse acessar a internet ao menos duas vezes ao dia. Em 2014, o porcentual era de 21% da população dessa faixa etária.

A pesquisa foi divulgada nesta segunda-feira, 10, e foi feita entre novembro de 2015 e junho de 2016 com 6.163 entrevistados - crianças, adolescentes e seus pais ou responsáveis. Ainda de acordo com estudo, dos 29,6 milhões de jovens de 9 a 17 anos, 80% são usuários da internet. 

Segundo a pesquisa, nas classes econômicas mais altas é maior a proporção de crianças que acessam a internet mais de uma vez ao dia. Nas classes A e B, 75% disseram acessar a rede ao menos duas vezes ao dia. Já nas classes D e E, são 49%. 

O celular é o equipamento mais utilizado pelas crianças e adolescentes para acessar a internet. Ele foi utilizado por 83% desse público para navegar na web - em 2012, o uso era feito apenas por 21%. O uso do celular está disseminado por todas as classes sociais e é o único meio de acesso a internet para 55% das crianças das classes D e E. O computador de mesa é utilizado por 38% das crianças para acessar a web e o computador portátil, por 33%. 

 

Discriminação

A pesquisa mostra ainda que 37% dos jovens dessa faixa etária disseram já ter visto alguém ser discriminado nas redes e 6% deles - 1,5 milhão de crianças e adolescentes - disse ter se sentido discriminado na internet no último ano.

Os principais tipos de discriminação presenciados pelos jovens na rede são: racial (23%), aparência física (13%) e homofobia (10%).

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