O evento terá apresentações culturais Foto: Divulgação
Para o presidente do Afoxé Povo de Ogunté, Cosme Costa, a criação do Réveillon tem fundo cultural e político. “A comunidade negra perdeu muito espaço nos últimos anos. O mês de novembro, quando se comemora o Dia da Consciência Negra, já não tem mais tantas festividades. Não há mais Festa da Lavadeira ou cerimônias no Pátio de São Pedro. O réveillon serve para festejar e nos tornar mais visíveis”, explica Cosme que é um dos organizadores da festa.
O evento conta com as apresentações de Maracatu, Coco, Samba-reggae e Afoxé, além de barracas com comidas de terreiro e a comercialização de adereços e CDs. Os visitantes são convidados a usar roupas de azul ou branco. Os homens devem vestir calça e mulheres saia longa. A entrada é gratuita.
SÍTIO DE PAI ADÃO – Fundado por volta de 1875 pela yalorixá Inês Joaquina da Costa, o Terreiro Obá Ogunté é um dos mais antigos e respeitados ícones do culto nagô no Brasil. É mais conhecido como Sítio de Pai Adão em virtude de seu quarto babalorixá, Felipe Sabino da Costa – Pai Adão, sacerdote reconhecido por seus poderes espirituais. Foi o primeiro terreiro a ser tombado pelo governo de Pernambuco, em 1985. Seus líderes atuais são o babalorixá Manuel Papai e a yalorixá Maria do Bomfim.