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Dia Internacional de Lady Gaga é comemorado nesta sexta-feira

Luana Nova
Luana Nova
Publicado em 09/12/2016 às 15:25
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Em fevereiro deste ano, a artista teve a honra de cantar o hino nacional dos Estados Unidos na 50ª edição do Super Bowl / Foto: AFP

Em fevereiro deste ano, a artista teve a honra de cantar o hino nacional dos Estados Unidos na 50ª edição do Super Bowl Foto: AFP

Há exatos seis anos, oito estátuas de cera inspiradas na cantora e compositora americana de música pop Lady Gaga eram inauguradas simultaneamente em seis países. Em comemoração ao lançamento destas estátuas, expostas nos museus Madame Tussauds de Londres, Amsterdam, Nova York, Hollywood, Las Vegas, Xangai e Hong Kong, o Dia Internacional de Lady Gaga é celebrado nesta sexta (9).

Além de cantora e compositora, Stefani Joanne Angelina Germanotta, conhecida no meio artístico como Lady Gaga, também é dançarina, modelo, produtora musical, atriz, feminista e ativista dos direitos dos homoafetivos. Para quem não sabe, seu apelido foi inspirado na música Radio Ga Ga do grupo britânico de rock Queen. Dona de figurinos inusitados e de saltos altíssimos, Gaga talvez seja a artista mais criativa visualmente da música atual.

Com vários clipes longos e singles aclamados pela crítica no portfólio, ela encontra-se no quinto disco de estúdio, intitulado "Joanne" (2016). O nome do álbum é um tributo à tia da cantora, que morreu cedo lutando contra o lúpus. Este é o quarto disco dela a estrear na primeira colocação do ranking Billboard 200. Feito que a tornou a primeira mulher a ter quatro álbuns no topo da parada musical nesta década.

Após o baque de vendas do disco "Artpop" (2013), lançado pela cantora com a premissa de introduzir a esfera da arte na música pop, "Joanne", o quarto álbum de inéditas de Gaga, vendeu 170 mil cópias nos Estados Unidos somente na semana de lançamento. Já em 2014, a mother monster deixou um pouco de lado as pistas de dança com a estreia do álbum de jazz clássico e melodias suaves em parceria com Tony Bennett, provando ser uma camaleoa musical.

Neste ano, a popstar apareceu na lista dos 50 artistas mais completos de todos os tempos, feita pela Billboard Brasil. Ela ficou na décima colocação do ranking, tendo como ponto mais forte sua presença de palco. Completa e versátil, Gaga tampouco decepciona como atriz. Sua atuação na minissérie de TV americana de horror-drama American Horror Story: Hotel como a vampírica Condessa lhe rendeu um Globo de Ouro na categoria Melhor Atriz em Minissérie ou Filme para TV, também em 2016. 

Relembre cinco momentos marcantes da popstar

De carne exposta

Talvez a cena e o look mais polêmico da carreira da mother monster. Em 2010, na premiação do Video Music Awards (VMA) da MTV americana, Gaga usou um vestido de carne bovina crua e chocou o mundo. Na cerimônia, ela recebeu o prêmio de Vídeo do Ano pelo clipe de “Bad Romance”, música que representa seu apogeu.

Do ovo para o mundo

Na cerimônia do Grammy Awards 2011, a cantora foi carregada pelo tapete vermelho dentro de um ovo gigante, de onde somente emergiu no momento de apresentar pela primeira vez o single “Born This Way” ao vivo. A performance foi eleita pela Billboard americana como um dos 50 melhores momentos do Grammy. Ela levou três prêmios.

Dois artistas completos

Em tributo ao cantor e compositor inglês David Bowie, morto em janeiro deste ano, Lady Gaga apresentou um medley com nove músicas do camaleão do rock, uma de suas maiores inspirações, no Grammy Awards 2016. A cantora apareceu vestindo uma versão da roupa de Ziggy Stardust, uma das personas musicais de Bowie.

Contra o abuso sexual

Em apresentação emocionante, Lady Gaga levou vítimas reais de abuso sexual ao palco do Oscar 2016 e entoou a canção “Till It Happens To You”, enquanto tocava piano. A música, presente na trilha do documentário The Hunting Ground (2015), composta por ela e Diane Warren, não levou o prêmio de Melhor Canção Original.

A la Whitney Houston

Em fevereiro deste ano, a artista teve a honra de cantar o hino nacional dos Estados Unidos na 50ª edição do Super Bowl, o maior evento esportivo e televisivo do país. Depois de ter aberto a final da Liga Nacional de Futebol Americano (NFL) toda de vermelho, Gaga é atração confirmada para o show de intervalo em 2017.

Relação com os little monsters

No palco, Gaga faz apresentações inovadoras e transporta os fãs para outro lugar fora de órbita, com toda sua excentricidade, insanidade e esquizofrenia. O que é ainda mais incrível do que a performance da cantora talvez seja a relação que ela tem com os fãs, que a chamam carinhosamente de mother monster. A recíproca é verdadeira e os fãs são chamados de little monsters.

Muito além de proporcionar momentos divertidos, a artista promove a liberdade. Ela incita o público a libertar-se das pressões da sociedade e do controle dos homens. Em uma entrevista recente a um canal americano, Gaga confessou pela primeira vez que luta contra o transtorno do estresse pós-traumático, uma das consequências emocionais de ter sido estuprada quando adolescente. A conversa foi realizada em um abrigo de Nova York para jovens LGBT, onde a artista estava para prestar apoio.

Para o estudante de publicidade e propaganda Gabriel Tavares, 24, foi dentro da música e especialmente em Lady Gaga que ele encontrou a transcendência que nenhuma religião havia lhe fornecido. "Quando eu escutei 'Born This Way' pela primeira vez foi quando eu percebi que era normal ser quem eu era. Foi quando eu me senti à vontado em dizer quem eu era para a sociedade", declarou.

O jovem foi ao show da cantora no Rio de Janeiro, em 2012, e em homenagem a sua ídola, tatuou as iniciais da música "Born This Way" no corpo. "A tatuagem fez parte do meu processo de aceitação, principalmente com relação a minha identidade sexual", contou, ao ressaltar que nunca pensou que pudesse ficar tão mexido somente com a presença de um artista. "Durante muito tempo eu não entendi que eu tinha visto aquela pessoa que tinha me ajudado tanto. É o momento mais bonito que eu me lembro. Foi mágico", finalizou o fã.

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