Ivete Sangalo e Criolo cantam Tim Maia em projeto no Recife

A cantora baiana Ivete Sangalo deixa o axé de lado para mergulhar no soul brasileiro e nas baladas de amor. O rapper Criolo troca as rimas e o verbo politizado do rap pela consciência racional. No palco, o clima do Nivea Viva Tim Maia é de celebração ao síndico, principalmente em sua fase mais inspirada. Para receber a multidão, a partir das 16h30, o projeto transferiu-se do Parque Dona Lindu para a praia do Pina. O acesso é gratuito.

O repertório pinça 28 canções de Tim Maia dos anos 1970 até meados dos anos 1980. Vai ter muita black music (Vale tudo, Do leme ao pontal, Sossego, Acende o farol) e as indefectíveis baladas românticas, das mais melodramáticas às mais açucaradas (Primavera, Me dê motivo, Leva, Um dia de domingo, Lábios de mel, O que me importa, Telefone). Músicas menos badaladas como o baião Coroné Antonio Bento se mesclam às da sua fase mais alternativa (Canário do reino e Réu confesso) e da época de Racional (Imunização racional).

O maestro Daniel Ganjaman, ex-Planet Hemp e Instituto, foi quem cuidou dos arranjos, atualizando-os sem perder a essência da época da banda Vitória Régia, que acompanhava Tim Maia.

"Ganjaman pegou um projeto especial, diferente de tudo. Não é um pouquinho do meu universo, nem do universo da Ivete. Nós fazemos pensando nele, em toda energia e força de Tim Maia", conta o rapper Criolo.