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Compartilhamento de hospedagem é experiência para turistas e anfitriões

Priscila Miranda
Priscila Miranda
Publicado em 03/06/2016 às 10:55
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Anfitriões podem disponibilizar quarto ou imóvel completo para que turistas aluguem durante viagem / Foto: Tiago Silva/Cortesia

Anfitriões podem disponibilizar quarto ou imóvel completo para que turistas aluguem durante viagem Foto: Tiago Silva/Cortesia

Já pensou em alugar um quarto da sua casa para viajantes? Ou se hospedar em um belo apartamento em um lugar incrível durante um fim de semana? Isso é possível graças a serviços de compartilhamento de quartos e imóveis, que têm crescido consideravelmente nos últimos anos através da web. O mais famoso deles é o Airbnb, plataforma internacional colaborativa que reúne apartamentos, casas, flats e quartos no Brasil e ao redor do mundo. Além de preços mais baratos que hotéis e pousadas tradicionais, a experiência de ficar hospedado na casa de alguém e viver como um “nativo” ou receber gente do mundo inteiro é o que atrai as pessoas.

O estudante de odontologia Thiago Rios, 24 anos, pode se considerar uma pessoa “viajada”. Já teve a oportunidade de conhecer 46 países em cinco continentes e fazer três intercâmbios. Na primeira vez que resolveu usar o Airbnb, estava passando o Réveillon de 2014 em uma praia badalada de Sidney, na Austrália, com mais seis amigos. “Foi um custo-benefício muito bom, porque hotel lá é bem caro. Alugamos uma casa e deu tudo certo, foi maravilhoso”, relembra.

Depois dessa experiência, Thiago decidiu utilizar o serviço mais vezes em outras viagens. A estadia mais marcante para o jovem foi em Fiji, ilha localizada no Oceano Pacífico, onde ficou hospedado em uma “oca”. “Eles têm esse tipo de condomínio lá, umas casas em formato de oca, com minicozinha e uma janelinha. Banheiro e outros cômodos são fora da oca, em uma área comum. Entrei no clima selvagem e tribal de lá”, conta.

VIDA SELVAGEM Thiago Rios alugou, pelo Airbnb, uma "oca" durante sua estadia nas Ilhas Fiji, no Pacífico. Foto: Thiago Rios/Cortesia

Sobre a convivência com anfitriões, o universitário afirma que só teve contato com um deles em uma hospedagem na França, quando, na última parada de sua viagem de volta ao mundo, alugou com alguns amigos um flat em Paris pelo Airbnb. Estavam com mais de 30 quilos de bagagem, mas o anfitrião se dispôs a guardar tudo o que eles tinham levado enquanto viajavam. “Foi perfeito, porque a gente ia gastar muito dinheiro para guardar em um locker de lá”, comemorou.

BAGAGEM SALVA Em viagem com grupo de amigos a Paris, Thiago e seus amigos tiveram ajuda do anfitrião para guardar mais de 30 quilos de malas. Foto: Thiago Rios/Cortesia

Com relação à economia feita, Thiago afirma que usar o Airbnb sai mais barato do que outros tipos de hospedagens quando utilizado em grupos grandes. “É mais econômico quando se vai viajar com mais de quatro pessoas, quando fecha uma casa inteira para o grupo e os custos são divididos. Ou então quando se aluga na modalidade de apenas um quarto dentro da casa de uma pessoa que mora nela. Sai mais em conta dividindo com outras pessoas, principalmente em épocas de alta estação e festividades, quando os hotéis estão caríssimos”, avalia.

Sai mais em conta dividir a hospedagem com outras pessoas, principalmente em épocas de alta estação e festividades, quando os hotéis estão caríssimosThiago Rios, universitário e usuário do Airbnb

O estudante recomenda o uso do serviço e alerta aos que irão começar a usar a sempre checar as avaliações dos anfitriões feitas pelos hóspedes anteriores. “Isso faz você ter uma experiência confiável. Todas as minhas deram certo por causa disso”, diz.

RECIFE NA ROTA - De acordo com o Airbnb, a capital pernambucana é um dos 10 principais destinos no site no Brasil. Ainda segundo a empresa, com a alta do dólar, os turistas brasileiros estão trocando destinos internacionais por viagens dentro do País. Eles já são a maioria dos viajantes pelo Airbnb no Brasil com um crescimento de 141% ano a ano.

Tanto o anfitrião quanto o viajante precisam se cadastrar no site do Airbnb para realizar a negociação. Assim como na rede hoteleira, conforto, tamanho, preço e localização vão definir a variação dos preços dos locais disponíveis no site.

O jornalista Paulo Floro decidiu colocar um quarto de sua casa, no bairro da Encruzilhada, Zona Norte do Recife, para aluguel no Airbnb em 2015. Conseguiu cinco hospedagens ao longo do ano e conheceu gente de vários lugares. “Reformei um quarto dos fundos da minha casa que serve para até seis pessoas. Veio gente de São Paulo, Santa Catarina, Bahia, Natal e Argentina”, conta.

Anfitrião recebe um fotógrafo do Airbnb para garantir ótimos cliques do espaço a ser alugado

Anfitrião recebe um fotógrafo do Airbnb para garantir ótimos cliques do espaço a ser alugadoFoto: Tiago Silva/Cortesia

Entre as opções que o Airbnb dá ao anfitrião na hora de realizar o cadastro está a possibilidade de oferecer café da manhã aos hóspedes e de receber um fotógrafo oficial da empresa para fazer boas imagens que possam “vender” melhor o espaço aos olhos dos turistas. “Quando o hóspede vai embora, além da avaliação dele sobre a casa e o anfitrião no site, a gente também avalia a pessoa, para que, na próxima negociação, seja possível escolher se quer recebê-lo ou não”, comenta.

Tudo é intermediado pelo Airbnb, que recebe o pagamento dos turistas e repassa para os anfitriões. “Você paga pelo site, mas o valor só é repassado ao proprietário no momento em que se entra na acomodação. Então, se qualquer coisa der errada antes, se você ou o anfitrião desistir, você recebe o reembolso. É seguro para os dois lados”, comenta Thiago Rios.

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