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Relembre a história do Secos e Molhados, que completa 45 anos

Giovanna Torreão
Giovanna Torreão
Publicado em 10/11/2016 às 11:56
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Primeiro disco foi lançado em 1973 / Foto: Divulgação / Secos e Molhados

Primeiro disco foi lançado em 1973 Foto: Divulgação / Secos e Molhados

Apresentações ousadas, figurino e maquiagem extravagantes. O grupo Secos e Molhados fugiu do óbvio e, justamente por isso, ganhou notoriedade e reconhecimento. Mesmo com o passar dos anos, as criações de Ney Matogrosso, João Ricardo e Gerson Conrad não deixaram de servir de referência artística para novos nomes da música. Nesta quinta-feira (10), comemora-se 45 anos do surgimento daqueles que misturaram referências musicais, críticas políticas e poesia, gerando uma música cheia de personalidade e, para comemorar a data, relembre a história da banda.

Recheado de críticas à ditadura militar, que estava implantada no Brasil, o primeiro disco do grupo, que leva o mesmo nome da banda, foi lançado em 1973 e foi o maior sucesso, batendo todos os recordes de vendagens de discos e público. "Primavera nos Dentes", "Assim Assado", "Sangue Latino", "O Vira" e "Rosa de Hiroshima" são algumas canções do álbum, que conta com 13 faixas. A capa do disco, inclusive, foi eleita pela Folha de S.Paulo como a melhor dos discos brasileiros de todos os tempos.

No ano seguinte, a banda bateu os recordes de público em um show no Maracanãzinho, no Rio da Janeiro. O estádio comportava 30 mil pessoas, mas outras 90 mil ficaram do lado de fora. No fim daquele ano, eles saíram em turnê internacional que, segundo Ney Matogrosso, gerou oportunidades de criar uma carreira sólida fora do país. Pouco antes do fim da formação clássica da banda, em 1974, saiu o segundo disco de estúdio, cujo destaque era a música "Flores Astrais". Este, que não teve título e contou com uma capa preta, já não fez tanto sucesso.

Os três membros então se separaram e seguiram em carreira solo. Já em 1978, João Ricardo, Lili Rodrigues, Wander Taffo, Gel Fernandes e João Ascensão lançaram o terceiro disco do Secos e Molhados. "Que Fim Levaram Todas as Flores?" foi uma das canções mais executada no Brasil naquele ano. Já em 1980, com os irmãos Lempé – César e Roberto -, saiu o quarto disco da banda. Em maio de 1988, o álbum "A Volta do Gato Preto" foi o último da década.

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A banda que mistura referências, críticas políticas e poesia - Reprodução
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Secos e Molhados lançaram nove discos - Reprodução
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Neste ano, comemora-se 45 anos do surgimento da banda Secos e Molhados - Reprodução
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Apresentações ousadas e figurino e maquiagem extravagantes eram marcas do grupo - Reprodução
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Em 1973, foi lançado no ano de 1973 - Reprodução
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Grupo ainda é referência artística para novos nomes da música - Reprodução

Sozinho, mas com a marca Secos e Molhados, João Ricardo lançou o disco "Teatro?", em 1999. No ano seguinte, saiu o álbum "Memória Velha" composto por músicas gravadas em 1986. Em 2011, João formou uma dupla com Daniel Iasbeck e lançou  o álbum autobiográfico intitulado "Chato-boy". 

Em 2013, quando o primeiro disco completou 40 anos, um projeto batizado de  "Armazém 1973" foi lançado em comemoração. Na coletânea, 13 bandas da nova geração de artistas brasileiros homenageiam o disco. Nevilton, Bicicletas de Atalaia e A Banda Mais Bonita da Cidade foram algumas das bandas que participaram do projeto.

Discografia da banda

1973 - Secos & Molhados

1974 - Secos & Molhados (II)

1978 - Secos & Molhados (III)

1980 - Secos e Molhados (IV)

1980 - Secos & Molhados ao vivo no Maracanãzinho (1974)

1988 - A Volta do Gato Preto

1999 - Teatro?

2000 - Memória Velha

2011 - Chato-Boy

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