Alepe

Familiares e amigos reúnem-se no velório de Abelardo da Hora

Paula Schver
Paula Schver
Publicado em 23/09/2014 às 20:36
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Familiares e amigos se emocionaram no velório / Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Familiares e amigos se emocionaram no velório Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Irmãos, filhos, netos e amigos do artista plástico Abelardo da Hora reuniram-se, na noite desta terça-feira (23), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Centro do Recife, para prestar as últimas homenagens ao escultor que tem obras espalhadas por todo o Recife. O velório do artista que faleceu aos 90 anos, ainda em plena atividade, é aberto ao público - das 22h às 8h desta quarta-feira (24) apenas a família tem acesso ao evento. O sepultamento será às 11h da quarta, no Cemitério de Santo Amaro, também no Centro.

"O Recife não perdeu Abelardo, até porque ele deixou esta cidade povoada de suas criaturas", disse a secretária de Cultura da capital pernambucana, Lêda Alves, uma das representantes do setor que estiveram na Alepe para homenageá-lo. "Abelardo foi uma pessoa que em toda a sua obra denunciou a riqueza e a miséria humana, seus amores e desamores. Não era somente um criador, mas um homem comprometido com seu povo."



O cantor Claudionor Germano, um dos seis irmãos de Abelardo da Hora, fez depoimento emocionado durante o velório. Afirmou que o artista era um "exemplo de dignidade, de respeito e de trabalho" para a família.

O artista plástico morreu no fim da manhã desta terça-feira (23), vítima de parada cardiorrespiratória. Ele estava internado há cerca de um mês no Hospital Memorial São João José, área central do Recife. Desde que deu entrada na unidade de saúde, ele sofreu três quadros de infecção pulmonar. Na última crise, não resistiu e faleceu.

"Ele teve um AVC, se recuperou. Em dois dias, a mão dele pegou a minha e parecia uma torquez de tanta força. Eu disse: 'Puxa vida, com certeza Abelardo vai voltar e vai fazer o que ele está imaginando porque em momento algum parou de falar dos projetos futuros", lembrou o filho dele, Abelardo da Hora Filho. "Abelardo deixa um legado muito grande para Pernambuco, é mestre de uma geração muito grande de artistas."

Ricardo B. Labastier/ JC Imagem
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Ricardo B. Labastier/ JC Imagem
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Alexandre Belém/ JC Imagem
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Chico Porto/ JC Imagem
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Dayvison Nunes/JC Imagem
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Dayvison Nunes/JC Imagem
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Hélia Scheppa/ JC Imagem
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Hélia Scheppa/ JC Imagem
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Hélia Scheppa/ JC Imagem
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Hélia Scheppa/ JC Imagem
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Hélia Scheppa/ JC Imagem
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Filho de Abelardo contou que pai tinha projetos

Filho de Abelardo contou que pai tinha projetosFoto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Um artista incansável, que mesmo aos 90 anos não parou de criar, Abelardo da Hora possuiu importante papel na renovação do panorama artístico recifense e brasileiro. Ele foi responsável pelo projeto de Lei que obriga a existência de obras de arte em edificações com mais de 1500 m2 no Recife, além de criar a Sociedade de Arte Moderna do Recife, além de integrar o Movimento de Cultura Popular (MCP).

Abelardo da Hora Filho afirmou que o artista estava próximo de concluir o busto de Gregório Bezerra, que será colocado pela Prefeitura do Recife na Zona Norte.

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